quinta-feira, junho 04, 2009

Washington Post



Cheguei em Nova York há poucas horas. Já é madrugada e estou um caco de tão cansada. Passei cinco dias em Washington acompanhando meu bem, meu "Mau". Ele tinha um evento de negócios, mas eu vim de abelhuda mesmo. Enquanto ele passava o dia assistindo palestras, eu visitava museus e respirava cultura por todos os poros. Passava milhões de horas vendo obras de arte e não precisava sair dos locais nem pra comer. Isso porque todos os museus onde estive possuem resturantes e cafés lindíssimos a preços bem acessíveis. A maioria abre às 10h da manhã. Eu chegava às 11h porque ia andando do hotel até eles e sempre me perdia pelo caminho. Só saía dos museus por volta das 17 horas, quando a maioria fecha.

Depois, eu voltava pro hotel e ia passear com meu bem, meu "Mau" pra conhecer uns bairros e jantar. Acho que andei uns 20 quilômetros por dia porque os museus lembram templos greco-romanos e são absolutamente gigantescos. Vi e fotografei centenas e centenas de quadros e esculturas. Vou postando o que mais gostei aos poucos, mas, por hora, fiquem com esse detalhe da minha escultura preferida: "The Reading Girl", de Pietro Magni, exposta pela primeira vez em 1862. Está na National Gallery of Art. Acho que fiquei uns 40 minutos olhando pra ela... Nunca tinha visto uma escultura que me comovesse tanto. A peça representa uma moça italiana, provavelmente lendo uma poesia sobre liberdade. No peito, a jovem traz uma medalha onde vemos a fotografia de Giuseppe Garibaldi. Linda, linda, linda... E essa luz entrando pela janela?? Ai... Foi amor à primeira vista.



Obama continua uma mania por aqui. É um presidente com status de superstar. 90% das mercadorias das lojas de souvenires lá de Washington vendem produtos estampados com a imagem do homem. Nas livrarias acontece o mesmo: há pilhas e pilhas de obras sobre o cara que disse que o Lula era "o" cara. Um fenômeno. Não sei se será assim aqui em NY. Depois eu conto.




Tá aí o céu azul mais fantástico que já vi na vida. Eram 20h57 da última segunda-feira, hora local de Washington (uma a menos em relação ao Brasil). Fiz essa foto na 7 Street, no bairro de Chinatown, pertinho do hotel onde ficamos. A rua é linda, um charme... E dá acesso aos 18 museus gratuitos da fundação Smithisoniana. Como eu já disse, passei os 5 dias visitando os museus que mais me interessavam. Foi dificílimo escolher entre eles... Detalhe: as ruas são divididas por números e por ordem alfabética. Mesmo assim, consegui me perder. Já percebi que não há planajamento urbano capaz de escapar de meu inexistente senso de direção. Exercitei meu inglês, basicamente, perguntando os caminhos aos transeuntes e às equipes dos museus. Uma vergonha: eu com o mapa na mão e, ainda assim, completamente perdida. Quando comecei a me achar e andar faceira pelas ruas do bairro onde eu estava já tava na hora de ir embora... Que situação...



Em cinco dias em Washington não deu pra ver nem metade do que a cidade tem pra oferecer. Mas, depois dos museus magníficos e da Biblioteca do Congresso, um dos lugares mais bonitos pelos quais passei foi, sem dúvida, o bairro de Georgetown. A arquitetura, a descontração típica do verão que está chegando por aqui, o clima romântico dos bares e restaurantes (que existem às centenas), gente bonita e simpática... Aliás, simpatia é uma característica do povo da cidade, de modo geral. Adorei.



A Biblioteca do Congresso me causou um impacto tremendo. Precisei me segurar pra não chorar na frente de todo o grupo que fazia o tour comigo por lá. Pena que era proibido fotografar as salas repletas de livros, muitos deles raríssimos, como a Bíblia impressa por Gutemberg (só há três exemplares no mundo. A da Biblioteca do Congresso, em Washington, a do Museu Britânico, em Londres, e a do Louvre, em Paris). Agora entendo porque os EUA dominam o mundo. Quem tem uma biblioteca dessas realmente domina o que quiser e quando quiser... Depois falo mais sobre ela por aqui. Vou dormir porque estou caindo pelas tabelas e daqui a pouco tem mais.

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