Em setembro do ano passado estive em Londres e na Escócia. Sem dúvida a melhor viagem da minha vida. Aos poucos vou postando aqui algumas fotos e textos que escrevi quando voltei de lá. Foram muitas impressões, passeios, sensações. Em Londres, um dos roteiros mais divertidos foi passear às margens do Rio Tâmisa. Por toda a extensão do famoso rio londrino, artistas realizam performances. Umas maravilhosas, outras nem tanto.
Mas, independentemente da habilidade dos performers, é bom caminhar por entre quadros, mímicos, clowns, bailarinas, malabares, estátuas vivas, cantores, instrumentistas, desenhistas... Toda forma de arte é bem-vinda e faz um bem danado para os sentidos. Eu adorei, especialmente, uma moça delicada, vestida com indumentária do século XIX e maquiada como uma boneca. Era uma imagem tão bonita em meio àquelas árvores todas que eu... Eu... Bem... Fiquei tão embasbacada que esqueci completamente de fotografar...
Aliás, deixei de fotografar muita coisa em Londres... Muito para ver, absorver, aproveitar. Eu passava horas sem lembrar que a máquina estava na bolsa. Sofro quando penso que também deixei de registrar o trabalho esplêndido de uma pintora que reproduzia quadros clássicos no chão da calçada, ainda às margens do Tâmisa. Compenetrada, ela nem dava bola pra gente... Apenas prosseguia em seu estado de quase transe.
Mas, ao contrário de mim, meu bem meu “Mau” já tinha fotografado e visto muito. Estava em Londres há quase dois meses e me levou pra ver uma outra moça, que o deixara encantado dias antes. Uma espécie de malabarista/bailarina/contorcionista. Seu instrumento de trabalho, além do próprio corpo, eram aquelas bolas de vidro que parecem nada pesar e que escorregavam num vaivém obediente pelos braços da moçoila. Senti ciúmes da habilidade que ela tinha de se mover como quem flutua, ao som de uma música hipnótica... Em pensar que o máximo a que chego são algumas posições de Yoga...
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