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sexta-feira, julho 23, 2010

Yuri superstar



Quem acompanha esse blog sabe: meus filhos têm lugar cativo por aqui. E já faz um tempo que eu estava querendo postar a vertente "Billy Eliot" de Yuri, meu primogênito. Os três leitores fiéis deste blog já devem ter lido em minhas confissões anteriores: eu não danço nada, infelizmente. Porém, Yuri parece ter herdado a cadência, a malemolência e a capacidade espetacular de requebro de boa parte da minha família que, tipicamente nordestina, costuma se esbaldar com extrema categoria pelos arrasta-pés da vida.

A coisa é sofisticada: a maioria arrasa no forró, mas tenho primas e primos que vão além e mandam ver em diversas modalidades. Nesse contexto, minha ausência de molejo nas pistas pode ser encarada como um daqueles mistérios verdadeiramente insondáveis, que insistem em residir entre o céu e a terra de minha vã filosofia. Tergiversações e lamúrias à parte, tá aí o vídeo mais recente que meu Fred Astaire e seus amigos inseriram no You Tube. Trata-se da apresentação do grupo de dança que acabaram de criar, denominado: "Star Company", especializado na mais nova modalidade da dança contemporânea adolescente: o free step.

É também o primeiro vídeo estilo "superprodução" dos meninos, uma vez que foi gravado em duas locações: nas dependências do condomínio onde moramos e no cenário exuberante do Parque Villa-Lobos, em um lindo dia de sol deste inverno. E lá no Villa-Lobos, os integrantes do grupo se apresentam e finalizam o vídeo com o que chamam de "combo" (que é quando todos dançam juntos). Enfim, um deleite pra mãe coruja nenhuma botar defeito.

domingo, junho 27, 2010

Vivendo e aprendendo a lutar



No último sábado, meu filho Yuri, 14, teve mais uma prova de que, na vida, não se consegue nada sem muita luta.



E depois de 10 delas, no exame de karatê, meu garoto conquistou a faixa marrom ponta branca. Como sempre acontece nesses exames, por motivos de nervosimo materno maior, todas as fotos das lutas ficaram tremidas, horríveis.



Necessário enfatizar: as vitórias de Yuri se devem muito à dedicação de seu professor e xará: Iuri.



E depois do sufoco, a foto descontraída com o amigo Pedro. Daqui a seis meses, caso Yuri esteja preparado, é a vez de tentar a faixa marrom, com a qual cada aluno deve permanecer um ano. Depois disso, finalmente vem a faixa preta, que deverá ser obtida em exame realizado na cidade de Guararema. Exame esse que, pelo que sei, leva qualquer mãe, no mínimo, ao desmaio. Alô, fabricante de Maracujina? Vou começar meu estoque e aceito doações, obrigada!

quinta-feira, junho 17, 2010

O maior amor do mundo




Meu rei completa 14 anos hoje e, sinceramente, pra mim ele é "o" cara. Amo vê-lo tocando bateria (instrumento que estudou por mais de três anos), andando de skate, dançando free step... Semana que vem, fará exame de troca de faixa, no karatê, dessa vez para obter a faixa marrom ponta branca. Mas, para isso, terá de passar por cerca de 4 horas de provas, 10 lutas, 500 polichinelos, não sei quantos abdominais e flexões... Meus nervos ficam em frangalhos, mas sei que tudo sempre dá certo no final.

Yuri e eu temos muitas coisas em comum. Já em outras, somos totalmente distintos... E por isso passamos o dia discutindo, argumentando, debatendo, exercitando a oratória. É cansativo, mas sei que isso vai ser importante para o seu futuro. Afinal, estou preparando meu filho para que ele vença, sempre, pela palavra. Pelo discurso. Pela capacidade de expor seu ponto de vista com inteligência.

Meu garoto não se conforma com pouco, tem senso estético apurado, gosta de cozinhar, nadar, lutar karatê, deslizar sobre as rodas do skate e de assistir filmes em que o herói jamais morre no final. Ele acredita que o bem deve vencer sempre - a despeito de saber que na vida real as coisas nem sempre acontecem dessa forma.

Ultimamente, tem deixado a bateria de lado. E isso é um sofrimento pra mim porque adoro quando ele toca e enche nossa casa de música. Tem uma preguiça ancestral quando o tema é estudar. Na sua opinião, melhor seria fazer qualquer outra coisa que exigisse movimento e criatividade. Demonstra interesse por história e ciências, mas nota 10 mesmo ele só concede às artes plásticas (muito diferente de mim, que sempre fui um fiasco nessa disciplina).

Geralmente não gosta dos livros que a escola determina que ele leia. Então, dia desses, resolvi agir de forma mais incisiva: dei a ele contos de Edgar Allan Poe, Nelson Rodrigues, Rubem Braga, Antônio de Alcântara Machado e Luís Fernando Verissimo. Ele leu e gostou da maioria dos textos; outros, no entanto, achou esquisitos, com final sem graça. Mas o melhor é que elegeu "A menina sem estrela", de Nelson Rodrigues, como seu preferido.

Eu não havia dito nada, mas naquela leva de textos, aquele também era o meu favorito... E essa escolha diz muito sobre ele. Sobre nós. Coisas como essa me fazem ter ainda mais fé no seu futuro. E, como diz a música: "Meu coração canta feliz".

sábado, maio 15, 2010

"Entre as coisas mais lindas"



É claro que a data não poderia passar em branco. Hoje minha filhota Tailane, a Tatá (que também é minha modelo predileta, diga-se de passagem), faz 12 anos.



E para essa menina levadíssima que apronta mil e umas, desejo tudo de melhor que a vida pode dar: meus parabéns, filha linda! E, pelo amor de Deus: juízo!

Abaixo, uma música que diz muito sobre meus sentimentos em relação à Tatá.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Meu campeão


Meu campeão, lindão... Já no final do exame, com a faixa verde e a medalha.

No último sábado, dia 05, Yuri encheu a família de orgulho. Conquistou a faixa verde no Karatê (agora faltam as faixas marrom ponta branca e marrom, antes de ele conseguir a cobiçada faixa preta). O exame começou às 10 horas da manhã e seguiu até às 13h. Logo de cara, Yuri iniciou a bateria de testes com um aquecimento de guerra: 500 polichinelos, 30 flexões, 150 abdominais e não sei mais quantos exercícios.


Yuri apresentando o Kata (espécie de coreografia com os movimentos característicos de cada uma das faixas).

Depois do Kata, cada aluno tinha de colaborar com o exame do outro, servindo de oponente em inúmeras lutas, de modo que todos pudessem mostrar os golpes que aprenderam.


Yuri voando, digo, golpeando com as pernas.

Quanto mais avançado o aluno, mais longo é o processo de avaliação. Por isso, Yuri foi um dos últimos a ser avaliados. Mesmo estando cansadíssimo, precisou lutar mais nove vezes.


Como sempre, não escapou de lutar com o seu professor que se chama... Iuri! Nessa foto péssima de tão tremida, professor e aluno lutam. Enquanto isso, "meu Yuri" recebia incentivos e dicas de Jacó, outro professor da turma, que gritava: "Vai, Yuri! Use o golpe "x"!Defenda o rosto etc".

Meu filho entrou no Karatê superpequeno, com seis anos e, desde então, tem aulas com Iuri, que vem acompanhando seu desenvolvimento de perto. No começo, só queria saber de correr e brincar durante as aulas. Mas, agora, que está adolescente, tem arrasado e até ganhou uma medalha pelo desempenho nas aulas. Muito fofo.


Yuri com seis anos, ainda faixa branca, no dia do exame que lhe daria a faixa laranja.

Tirei centenas de fotos das lutas propriamente ditas, mas ficaram péssimas: primeiro porque eu tremia feito vara verde, segurando o choro, tamanha a tensão por ver meu filho passando por aquele verdadeiro ritual de sacrifício típico dos exames de lutas marciais. Depois porque, ao invés de deixar a máquina no automático, fui dar uma de
gostosa e usar fotometria(!)

E usar fotometria em esporte, com todo mundo se mexendo o tempo todo, saindo do foco, pulando... É pra quem pode. Pra quem tem muita técnica e muitos anos de estrada na fotografia. E eu, que acabo de terminar o curso básico, paguei o maior mico.

Mas, como dizem: vivendo e aprendendo, né?


Para finalizar, vemos Yuri e seu mestre Iuri, na foto clássica pós-exame de faixa.

Orgulho da mamãe!

terça-feira, agosto 18, 2009

sábado, abril 11, 2009

Yuri rocks again



Meu filho Yuri, 12, tem exame de bateria na próxima semana. Tá se empenhando muito pra passar de fase. Estou certa de que vai se dar bem e avançar. Eu é que nunca consigo evoluir: continuo na mesma, me portando como um bebê e precisando de babador a cada vez que o vejo estraçalhando as baquetas. Também pudera, né? Olha que coisa mais lindinha da mamãe...

Em tempo: essa é a segunda performance do meu rockstar aqui no blog. Caso você tenha perdido a estreia e queira ver, basta clicar aqui.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Entre dois amores


Verônica imitando Amy Winnehouse

Desde que Verônica aprendeu a dizer a palavra mãe, a confusão se repete. Eu sempre atendo ao chamado respondendo algo como: “Sim/Oi/Fala/Tô aqui, filha...”. É automático. Fica uma situação muito estranha, por vezes constrangedora, e todo mundo me olha com cara de “Xi, tá doida mesmo...”. Geralmente isso acontece quando ela vem nos visitar ou quando vou lá, na casa dela. Nessas horas, minha irmã Zilmara fica passada, sem acreditar que o engano ainda continue ocorrendo mesmo depois de tanto tempo. Sim, porque Verônica, 11 anos, não é minha filha. É minha sobrinha.

Costumo justificar o equívoco dizendo que devo ter sido sua mãe na outra encarnação e, como ela já sabia o que a esperava, resolveu não repetir a dose neste transe terrestre e optou por voltar na barriga da minha irmã. Garota esperta. Afinal, minha irmã é muito mais divertida e low profile. Tem uma disposição incrível pra ver seriados e dvd’s, uma ironia e uma inteligência superiores às de Woody Allen e, ainda por cima, sabe operar aparelhos eletrônicos de última geração sem dar vexame. Quem me dera...


Minha irmã junto com sua obra-prima

Minha irmã também sabe baixar música, fazer vídeos seguindo a orientação da internet, manipular três controles remotos ao mesmo tempo... Uma maravilha. Sem contar os cadernos de exercícios (!!!!!!!) que ela desenvolve para reforçar o aprendizado da minha sobrinha. Nunca vi coisa mais fofa, bem feita, caprichada, criativa. E não bastasse isso, aquela que se abrigou no mesmo útero que eu é muito melhor do que Dona Benta quando o negócio é contar histórias às crianças. As de terror, então... Nem se fala. Meus filhos são fãs de carteirinha e rogam a Deus para que ela venha nos visitar mais vezes, doidos para ouvir "A saga da caveira" (ou outras narrativas nessa linha) pela décima vez.


Verônica em Natal, modelando e passando as férias com a gente

Enfim, minha sobrinha sabe das coisas, além de ser uma artista completa. Canta, dança, faz imitações e ainda esnoba jogando xadrez, a danada. Sempre que possível, viaja com a gente nas férias. Mas ela e meus filhos estão tão grandes que eu precisava ter um desses jipões tipo Grand Cherokee pra continuar levando os três com relativo conforto. Quando o lugar é muito longe e vamos de avião, volta e meia levo a Verônica também. Mas nessas viagens, cujas temporadas tendem a ser mais longas, a coisa não dá muito certo... Ela sente muita falta da mãe (a verdadeira) e isso acaba sendo um drama. Fica chorando pelos cantos partindo meu coração de mãe, digo, de tia.

Sou doida por ela. E clicando aqui e assistindo ao vídeo vocês entenderão o por quê.

sexta-feira, novembro 28, 2008

Nasceu!



Tatá e Yuri. Foto feita no primeiro final de semana que ela passou em nossa casa.




Conheci minha filha há três anos, num abrigo localizado na Zona Leste de São Paulo. Nossa família parecia estar completa até então. Eu, Maurício e Yuri sempre nos bastamos. Não fomos ao abrigo com a intenção de adotar ninguém. A idéia era só passar uma tarde divertida com as crianças. Há anos ajudávamos esse abrigo com sacolinhas de Natal e pequenas doações. Então, recebemos o convite que mudaria nossas vidas para sempre.

Nossa amiga Valéria de Paula Queiroz, que era voluntária do abrigo, nos disse: "Gente, vamos lá conhecer as crianças que vocês ajudam". E nós fomos. E lá chegamos. E uma hora depois, nós a vimos. Linda, com seus olhos de índia nos chamando para ela. Para dentro dela. Para o mundo dela. Para a alma dela. E nós fomos. E o mundo, como o conhecíamos, se transformou por inteiro. Era 18 de setembro de 2005.

E, depois disso, lutamos oito meses tentando conseguir autorização judicial pra que ela passasse um final de semana aqui em casa... A história de vida dela era complicada demais e o juiz temia que nossas intenções não fossem sérias. Temia que fosse fogo de palha. Por não estarmos numa fila de adoção, éramos tratatos como párias, como marginais. Fizeram um levantamento no sistema pra ver se nenhuma família estava interessada nela. Claro que não acharam ninguém. Até porque a esmagadora maioria dos que estão na fila só quer adotar bebês brancos e com até dois anos de idade, no máximo. Foram meses de estresse. Meses nos deslocando, atravessando a cidade para vê-la, a cada 15 dias. Era desesperador olhar pra ela e perceber que o cabelo, a pele, as roupas... Tudo poderia estar melhor se ela pudesse estar conosco desde o dia em que a conhecemos... Mas a Lei dos homens é muito esquisita, demorada, defasada... E nada podíamos fazer. Não podíamos sequer visitá-la toda semana, de modo a não deixá-la mais ansiosa e confusa do que já estava.

Finalmente, em abril de 2006, ela passou a vir para nossa casa nos finais de semana. E aí começou outro drama: tínhamos de devolvê-la para o lar no domingo. E era aquela choradeira. E eram nossos corações partidos. E era nossa vontade de xingar, de gritar, de espernear, de bater em todo mundo. Afinal, era a nossa filha, desde o primeiro momento... Não desejo essa dor pra ninguém.

Até que, um mês depois, aconteceu. O juiz - já não era sem tempo - ficou comovido quando soube que minha filha estava doente e muito triste por conta dessa situação de ter pais e, ao mesmo tempo, não ter... Precisou que ela tivesse febre e que fosse levada para o hospital. Precisou que ela chorasse a noite inteira, acordando outras crianças do abrigo. Precisou que todos sofrêssemos pra que ele, o juiz, enxergasse o que já era evidente para todos.

E assim, recebemos a guarda provisória em 18 de maio de 2006. Nove meses depois do dia em que a vimos pela primeira vez. Uma gravidez. Uma nova vida... Ela já era nossa pela lei do amor. Mas faltava a tal lei dos homens dar o veredito final nos concedendo a guarda definitiva. Um documento que faria com que minha filha tivesse o sobrenome da nossa família e uma nova certidão de nascimento.

Foram mais dois anos e meio de espera pra que isso acontecesse. Idas e vindas ao fórum, entrevistas, relatórios, papeladas, burocracias, advogados (do Estado) morosos impedindo a nossa felicidade total. Nossa advogada sofria conosco e não tinha mais cara pra nos explicar que as coisas não têm prazo quando a Justiça dos homens está no meio delas... E dá-lhe espera, expectativa, frustração.

Mas essa semana veio a notícia com um telefonema da doutora Maria Carolina Torres (para nós, a Carol): "O juiz deu o parecer final. Saiu a guarda definitiva. Vocês vão poder fazer a certidão da Tatá".

Então, ontem, dia 27 de novembro, aos 10 anos de idade, nasceu, para a lei dos homens, a minha filha Tailane Morena Dantas Pedro. A mesma menina que já está conosco, certamente, há muitas e muitas vidas. Ela sempre foi nossa. Nós sempre fomos dela.

E essa era a música que cantávamos para nossa pequena quando íamos visitá-la no abrigo.


quinta-feira, novembro 13, 2008

Concertos para a juventude





Mãe é babona mesmo, né? Então... Não seria eu a mudar essa máxima mais velha do que andar pra frente...hehe. Partindo dessa afirmação, trago até vocês uma pequena apresentação do músico aqui de casa. É meu filho Yuri, 12, que tem aulas de bateria há dois anos, uma vez por semana.

Porém, só no último mês de junho, meu superstar ganhou sua bateria eletrônica de aniversário e pôde começar a se exercitar mais entre baquetas, pratos, bumbos e afins. Olha, eu trabalho em casa, num minúsculo escritório que fica ao lado do quarto dele, mas juro de pés juntos que não me incomodo quando ele começa a tocar. Ao contrário, adoro (!) e, sempre que posso, páro uns minutos e vou até lá babar mais de perto... Esse vídeo foi feito numa dessas "paradas" em que a baba escorre. A música é "Toxicity", da banda "System of a Down".

Bem, gente... Eu sou suspeita, claro... Mas, vamos combinar: ele não é tudo de bom?
A idéia é que daqui a uns anos eu largue essa vida de operária do texto e possa acompanhá-lo em algumas turnês pelo mundo...rs! Nada mal, hein? Afinal, já fiz assessoria de imprensa pra tanta gente, por que não faria para o meu astro do rock?

Ai, ai... Quem sabe?