sábado, maio 29, 2010

Aula de Drummond




Ainda sobre o tema cartas, presente no post anterior a este, hoje o jornal Folha de S. Paulo traz excelente matéria sobre a veia missivista do poeta Carlos Drummond de Andrade, que trocava cartas não só com amigos famosos, mas também com seus leitores, muitos deles professores, jornalistas e outros personagens anônimos do cotidiano nacional.

As informações apuradas pelo jornal dão conta de "(...)1.812 correspondentes de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) registrados no arquivo da Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio". O jornal vai além e lança, ao final da matéria, uma campanha para descobrir novas cartas de Drummond, possivelmente espalhadas por todo o País.

Dentre os trechos de cartas encontradas no arquivo da Fundação Casa de Rui Barbosa, e que o jornal destaca, meu preferido é o endereçado à professora Yola Azevedo, que não só acatou as sugestões presentes na carta que recebeu do poeta, como acabou ganhando o Prêmio Jabuti de escritora revelação, em 1984.

Aí vai:


INCENTIVADOR

Percebendo o bom texto da amiga, o poeta a estimulou a escrever.
Yola hesitou, mas acabou por mandar a ele os originais de um romance. Numa longa carta em 1982, após ler o primeiro capítulo, Drummond deu à amiga quase uma oficina literária por via postal.

São dicas como: "Dizer por exemplo que uma sucessão de mortes "é incrível", está bem quando é a pessoa imaginária quem fala, mas para o escritor nada é incrível, inenarrável, assombroso".

"Os adjetivos desse tipo são uma fuga à obrigação de definir o fato ou a sensação. Uma sucessão de mortes, brutal e imprevista que seja, pode ser contada também de maneira brusca e seca: "Perdeu o irmão num acidente, o pai de infarto, a mãe de trombose. Em três meses." (Ou cinco, ou seis). (...) Já o leitor, vendo isso, tem o direito de dizer: "É incrível!'".

Ou: "Acho bom, também, evitar expressões estereotipadas, como "divino milagre" (todo milagre é divino), "fazer das tripas coração" (...), que são lugares-comuns. Deixar de lado, igualmente, citações desnecessárias, como a do inferno de Dante, que se popularizou e é usada por todo mundo que nunca se aproximou da "Divina Comédia". Citação é ótima quando totalmente inesperada".

Yola acatou tudo. Lançou "A Reconquista" em 1984 e ganhou com ele o prêmio Jabuti de autor revelação.

A professora conserva em casa, organizadas em pastas, dezenas das cartas de Drummond, todas carregadas de afeto e gentileza. Mas nunca guardou o que escreveu para ele. A reportagem leu o trecho de uma carta dela a ele, pinçada no arquivo do Rio: "Mas nossos afetos deveriam ser eternos e, cada vez que me fala dessa dor no peito, a dor se desdobra aqui no meu peito, feito um arrancamento a frio".


Para se deliciar com a matéria toda, é só clicar aqui.

quinta-feira, maio 27, 2010

Cartas a uma jovem poeta



Entre os 13 e os 23 anos troquei muitas cartas de amor e amizade. Foi uma época mágica em que a preservação de minha memória pessoal se unia a tinta e aos papéis, viajando distâncias muitas vezes continentais para se fazer conhecida pelos receptores de minhas crônicas, poemas e declarações de amor. Mas eu também trocava cartas com quem estava perto, no mesmo bairro ou na cidade vizinha.

Isso porque tive a sorte de me relacionar com pessoas que, assim como eu, acreditavam piamente no poder das palavras - essa espécie de entidade capaz de trazer na essência raríssimos selos de sentimento. Selos espalhados por linhas e entrelinhas que exercem, em nossas vidas, papeis fundamentais.

Cartas mudavam destinos, fortaleciam laços, amenizavam saudades. Cartas traziam tristezas, alegrias, felicidade. Cartas retratavam um tempo, um pensamento, uma dor, uma esperança. Cartas mandavam e recebiam lembranças.

Por meio das cartas exercitei meu texto, meu poder de argumentação, de síntese, de persuação. Cartas são um tipo de lição e, por que não dizer, de oração. Quantas vezes, quando as recebia, eu optava por lê-las em voz alta. Uma tentativa ingênua de fazer com que, milagrosamente, o som das palavras tivesse força suficiente para, quem sabe, materializar à minha frente a figura tão desejada da pessoa amada.

Mas muito dessa magia se perdeu à proporção que a internet ganhou espaço. Não vou dizer que meu coração nunca bateu forte ao receber um e-mail. Já ri, chorei e me emocionei demais com eles porque, afinal, a palavra ainda está lá. Porém sinto uma saudade imensa de olhar - e até analisar - a letra de quem escreve (seria uma letra nervosa, tremida, apressada, apaixonada?), de sentir o cheiro do papel e, finalmente, do ritual de abrir o envelope com o coração. Sim porque, nessas horas, o coração batia mesmo era na ponta dos dedos.

É isso, caros amigos... Queria compartilhar o fato de ter acordado com saudade de ter o coração na ponta dos dedos. Seria maravilhoso se isso acontecesse, ao menos, uma vez mais.

Recebam meu beijo e meu carinho,

Goimar

Ps: na foto acima, algumas cartas e postais que recebi na adolescência e que guardo comigo até hoje.


domingo, maio 23, 2010

O despertar de Eva




Ao acordar,
mordi, faminta, a maçã do seu rosto.
E não satisfeita, comi seu pomo de Adão.


Goimar Dantas
São Paulo, 02-05-2010

sexta-feira, maio 21, 2010

Cárcere



O frio aprisiona meu corpo, minha alma.
Tento fugir dessa estação,
mas a trama e o peso de mil cobertores me impedem de pegar o trem.
No frio, deixo de ser mulher para me tornar objeto retesado.
Isso porque meu desejo, alado, voa para bem longe.
E meu temperamento sanguínio, moreno, "tropicano",
fruto da veia onde também corre a cana caiana,
esse hiberna na caverna,
em floresta longe do mar.
No frio, pouco sorrio
e o brilho de minha aura cai três tons...
No frio eu viro outono,
ocaso,
descaso.
É triste, mas é assim:
o frio (pra mim)
é o início do fim.

Goimar Dantas
São Paulo, 21/05/2010.

quarta-feira, maio 19, 2010

Balada para uma lembrança de infância



Dias desses, recebi um afago do passado.
E ao passar as mãos em meu rosto
aquele tempo teve o poder de me fazer rever
em meu coração uma antiga linha de expressão:
marca de um caminho,
antigo pergaminho
cujo texto um dia decifrei.
Delicada ruga adquirida da lembrança
de uma velha paixão de infância
que o peito cicatrizou.
E se o grande “poetinha” comigo estivesse
talvez olhasse aquela linha e dissesse:
“Foi eterna enquanto durou”.

Goimar Dantas
São Paulo
01/04/2010

sábado, maio 15, 2010

"Entre as coisas mais lindas"



É claro que a data não poderia passar em branco. Hoje minha filhota Tailane, a Tatá (que também é minha modelo predileta, diga-se de passagem), faz 12 anos.



E para essa menina levadíssima que apronta mil e umas, desejo tudo de melhor que a vida pode dar: meus parabéns, filha linda! E, pelo amor de Deus: juízo!

Abaixo, uma música que diz muito sobre meus sentimentos em relação à Tatá.

A saga do lançamento 4 - O sertão


Auditório lotado no Campus da UFRN, em Currais Novos.

E para encerrar a série sobre os lançamentos da biografia Cortez – A saga de um sonhador, aqui vai o post dedicado aos autógrafos e palestras realizados no campus da URFN, em Currais Novos, no Sítio Santa Rita, a uns 30 quilômetros da cidade e na Câmara Municipal do Município de Campo Redondo. As viagens só não foram melhores porque na sexta de manhã, quando já estávamos de malas prontas para pegar a estrada na direção de Currais Novos, Teresa precisou voltar às pressas para o Recife devido a uma emergência familiar. Restou a mim e a Cortez fazer o máximo para representá-la à altura.



No campus da UFRN, em Currais Novos, fomos recebidos com grande expectativa. Assim como no evento da mesma universidade, em Natal, tudo correu sob a organização da professora Maria das Graças Soares Rodrigues, que entrevistei em 2008, no começo das minhas pesquisas sobre Cortez. Graça providenciou um evento inesquecível em Currais Novos: fomos aguardados com banda de música...



...decoração e comidas típicas nordestinas...





...e emissoras de rádio e televisão.



Essa moçada bonita aí da foto, alunos do curso de Turismo da UFRN, ficou responsável pelo cerimonial do evento. Todos muito simpáticos e gentis.



Os estudantes prepararam até vídeo em homenagem ao editor, também agraciado com placas e outros mimos presenteados pelas autoridades locais. Não deu outra: Cortez ficou muito emocionado e embargou a voz umas cinco vezes quando foi agradecer as homenagens.



Quanto a mim, não embarguei a voz, mas precisei me segurar para não borrar a maquiagem. É que alguns integrantes de minha família, que moram em Japi, cidade distante uns 60 quilômetros de Currais Novos, fizeram uma linda surpresa e foram ao campus da UFRN conferir o evento. Estavam lá: tio Arnaldo (incrível personagem da história da minha vida, sobre o qual já falei aqui), meu primo Maciel, sua esposa Adriana e o filho deles, Antoniel. E ainda havia o querido amigo Gilberto Cardoso dos Santos, professor que conheci através de Maciel.



Em Campo Redondo, por sua vez, também houve banda de música (que esqueci de fotografar...), presença de autoridades, professores, alunos...



...e uma linda apresentação de sanfona, capitaneada por Zé Nilton, primo de Cortez, que, por sinal, tem uma cena de sua infância descrita na primeira parte do livro, assinada por Teresa Sales.



E eu precisaria de umas mil linhas pra descrever toda a gentileza dos familiares de Cortez que, por onde quer que passássemos nessa trajetória, nos recebiam com um amor e um carinho indescritíveis.



No mais, foi lindo fazer o lançamento e o bate-papo sobre biografias no Sítio Santa Rita, lugar onde Cortez passou a infância e adolescência.







Para muitos convidados, foi a única oportunidade, até o momento, de presentear um evento dessa natureza. Inesquecível! Confesso que já estou com saudades de tudo isso, mas, a bem da verdade, não terei muito tempo para a melancolia que poderia nascer desse sentimento. Isso porque a partir da próxima segunda-feira, dia 17, entro de cabeça (e com um atraso de cinco meses!!!), nas pesquisas e entrevistas que darão início ao meu próximo livro. Ou melhor: já comecei as pesquisas há quase dois anos (mas tudo muito devagar,juntando material aqui e ali, lendo um texto acolá, ampliando e corrigindo a redação do projeto, visitando e fotografando lugares). Mas, só agora, a maratona de entrevistas, novas pesquisas e leituras terá início pra valer.

Desejem-me sorte! E obrigada pela companhia na Saga de Cortez!

sexta-feira, maio 14, 2010

A Saga do lançamento 3 - Natal



No dia 06 de maio, a palestra e o evento de lançamento da biografia Cortez – A saga de um sonhador, aconteceram, respectivamente, na UFRN e na Livraria Potylivros, em Natal. A palestra e a sessão de autógrafos, que aconteceram à tarde, na universidade, sob a coordeanção da competente professora Maria das Graças Rodrigues Soares, que aparece na foto, de preto, à esquerda, foram ótimas.



Foi a primeira vez que fiz uma palestra na UFRN e, se depender de mim, pretendo repetir a dose sempre que for convidada!



Adorei esse contato mais estreito com o público acadêmico! Quem sabe eu não tomo gosto e não me lanço, qualquer dia desses, na aventura de dar aulas? Fiquei feliz da vida observando a empolgação de Nathália e Arthur. Dois estudantes de jornalismo que se mostraram fãs de biografias e disseram ter adorado a palestra. A Nathália é essa moça aí da foto acima, de camisa listrada. Quanto ao Arthur, que pena... Não estou achando uma foto dele...



Nesta tarde, tive a oportunidade, ainda, de conhecer o mossoroense Tarcísio Gurgel, escritor e professor aposentado da UFRN, que me presenteou com seu lindíssimo livro Belle époque na esquina – O que se passou na República das Letras potiguar. A obra, que estou devorando com um apetite ímpar, é resultado da tese de doutorado de Gurgel, e tem me ensinado muito sobre as grandes personalidades da história política e literária do RN no período compreendido entre a instalação da República e o final dos anos vinte.



Por meio desse livro venho, literalmente, me aproximando cada vez mais da história do Estado onde nasci, mas que precisei deixar aos dois anos de idade. Tem sido uma experiência maravilhosa aprender mais sobre minha terra, minhas raízes e os homens e mulheres que fizeram essa história acontecer. Sem dúvida, uma leitura plena de descobertas. Não bastasse isso, o projeto gráfico do livro é um escândalo de tão bonito. Tarcísio: parabéns pelo livro e muitíssimo obrigada por me propiciar essa experiência única!



No mais, às 18h30, já estávamos autografando no lançamento promovido pela Livraria Potylivros. O evento foi tão bem-sucedido quanto o de São Paulo. A fila de autógrafos era interminável e eu Teresa não tínhamos nem tempo de comer – como gostaríamos – os deliciosos quitutes servidos no coquetel.



Aliás, a organização do evento foi nota dez! Além do coquetel excelente, houve música ao vivo e um microfone aberto para quem desejasse dar seu depoimento sobre Cortez. Meu mais sincero agradecimento para Dedé e Daniel, que trabalharam duro para que tudo desse certo! Na foto acima, o próprio Cortez faz uso da palavra para agradecer a presença de todos.



Ao final, tanto Dedé quanto Íris, irmãos de Cortez, se empolgaram e assumiram o microfone, cantando a música preferida do biografado. É a linda Voltando à minha terra, de Severino Nunes Feitosa.



Mas, antes disso, até às 22h, familiares de Cortez, amigos, autores da editora, professores e jornalistas prestigiaram mais esse lançamento marcado pelo sucesso.



E durante o evento, amei encontrar minha prima Rita, que mora em Natal. Rita e toda a sua família estiveram ao meu lado (e também de minha irmã e de minha mãe) em uma época particularmente difícil de nossas vidas. Jamais esquecerei seu jeito doce e maternal quando tanto precisamos de seus cuidados. Rita, por sua vez, sente um orgulho danado da minha trajetória. E eu aproveito este espaço para, mais uma vez, dizer-lhe: obrigada pelo carinho de sempre, minha querida!



No lançamento da Potylivros, também reencontrei figuras centrais para a produção da biografia. Dentre elas, a professora Júlia Paiva, à direita da foto acima, uma das minha primeiras entrevistadas.




Também pude rever Leobaldo (de camisa azul, à esquerda). Um personagem que já apareceu muitísismo aqui no blog. E não é pra menos: Leobaldo possui uma memória privilegiada e se recorda (com riqueza de detalhes) da vida de Cortez na São Paulo da década de 80. Generoso, Leobaldo me concedeu uma das entrevistas mais importantes para a redação do livro. Ao centro da foto, de óculos, vemos, ainda, Maria, que trabalhou 23 anos na casa de Cortez, também em São Paulo, e me deu uma entrevista recheada de histórias engraçadas sobre essa experiência. Eu, claro, inseri tudo no texto, agradecendo a Deus pela ótima memória dessa turma potiguar.

Após o lançamento, eu e Teresa fomos direto para a pousada. Ambas estávamos muito felizes, mas também cansadíssimas da maratona. Caí na cama e dormi feito pedra até a manhã seguinte, quando pegamos novamente a estrada na direção de Currais Novos. Mas esta história fica para amanhã em mais um capítulo da série: “A saga dos lançamentos”. Até lá!

quinta-feira, maio 13, 2010

A saga do lançamento 2 - Recife



Já em Recife, cidade de Teresa Sales, o público do lançamento da biografia Cortez - A saga de um sonhador, e da palestra “Processo de produção de uma obra biográfica”, realizada na Livraria Cultura do Shopping Páteo da Alfândega, foi composto, em sua maioria, pelos amigos de Teresa, a maioria professores universitários.



Uma gente calorosa, que se mostrou vivamente interessada no que tínhamos para dizer. E como o tempo foi curto e não deu para fazer debate na sequência da palestra, ninguém arredou pé do local: todos ficaram papeando conosco durante os autógrafos.



Ali, entre uma assinatura e outra, respondíamos às questões e dúvidas dos professores em relação ao tema “biografia”.



Dentre esse pessoal, havia também oficias da Marinha (Cortez foi marinheiro por nove anos). Uma dessas representantes da Marinha era a simpaticíssima Andréa, assistente social.



Não resisti e tirei foto com o quepe da moça que, por sinal, já era fã de carteirinha do livro. É que Andréa recebeu o exemplar pelos Correios, antes mesmo do evento de lançamento no Recife. Fiquei emocionada em ouvi-la dissertar sobre seus trechos preferidos na história (pra todo o resto tem Mastercard!!).



No lançamento também tive a oportunidade de conhecer outros integrantes da família Cortez. É o caso de Adriana Mota Gomes, casada com Maxwell, sobrinho do biografado. Tanto o casal quanto o seu filho, Lucas, demonstraram a mesma alegria e generosidade que caracteriza o restante dessa grande família. Adorei conhecê-los!



E o que dizer de Laércio, também sobrinho de Cortez e que aparece à direita dessa foto, ao lado de Maxwell? Ave-Maria... Vou precisar de uma encarnação inteira para agradecer ao auxílio precioso que esse moço nos prestou durante essa verdadeira caravana pelo Nordeste! Laércio, muito, muito obrigada!



Ainda no Recife, alguns dos convidados foram além do evento de lançamento e nos seguiram pela noite adentro, esticada num charmoso bistrô francês que tinha por cenário a Praia de Boa Viagem. E lá, entre um camarão e outro, descobri que a simpática e conceituadíssima professora Ana Elizabete Mota (essa moça de cabelos cacheados que aparece sentada, à esquerda), doutora em Serviço Social e autora da Cortez Editora, vem a ser bisneta de Ana Bezerra, que, vejam só, dá nome à maternidade onde nasci, em Santa Cruz, RN. Conclusão óbvia: o mundo é um ovo.



Fiquei maravilhada, ainda, com a hospitalidade de Teresa Sales, que nos recebeu com almoço tipicamente nordestino em seu apartamento repleto de verdadeiras obras de arte de grandes pintores e gravuristas, como, por exemplo, Ismael Caldas. Teresa tem, também, uma tela de João Câmara, mas, para meu desgosto, a obra não estava em sua casa naquela ocasião... :(



Confesso, entretanto, que os quadros de que mais gostei são, na verdade, de um determinado engenheiro que tinha por hobby a pintura figurativa (estilo que é meu preferido). Trata-se de Hamilton (fiquei tão passada que esqueci, pasmem, de perguntar seu sobrenome), marido de Teresa, já falecido... Fiquei a-lu-ci-na-da com a beleza de suas telas, espalhadas por vários cômodos do apartamento. Amei esse quadro que aparece logo acima, mas também gostei demais da tela abaixo:



Enfim, o lançamento no Recife trouxe, como era de se esperar, muitas experiências inesquecíveis à minha vida. E é como eu confessei à plateia presente na palestra, lá na Livraria Cultura: "É a segunda vez que venho ao Recife e aconteceu exatamente o que eu previa quando li o poeta recifense Manuel Bandeira pela primeira vez, há 20 anos: me apaixonei perdidamente pela cidade. E espero que, com o flerte tão sério desta noite, ela se apaixone por mim também".

terça-feira, maio 11, 2010

A saga do lançamento - São Paulo



Estou de volta e feliz da vida! Os sete lançamentos da biografia Cortez – A saga de um sonhador, que percorreram cerca de três mil quilômetros Brasil afora, passando por São Paulo, Recife, Natal, Currais Novos, Campo Redondo e Sítio Santa Rita, na Zona Rural de Currais Novos, superaram todas as nossas expectativas!



Aqui, algumas fotos do lançamento de São Paulo, ocorrido dia 3 de maio. O público lotou a livraria de uma maneira tal que eu, Teresa Sales e Cortez, nosso querido biografado, tivemos de autografar por mais de três horas. No decorrer da semana, publicarei fotos e comentários sobre os demais lançamentos, realizados no Nordeste.



Dentre as centenas de convidados do evento paulistano estava o pessoal da Caravana do Cordel e do Grupo Unir Versos! (Júbilo, valeu pelas fotos, pela matéria no seu blog e pelo carinho de sempre!).



O autor do texto de contracapa, filósofo Mario Sergio Cortella, deu um tempo na agenda sempre lotada para prestigiar o evento.



Silmara Casadei, autora de livro infantil sobre Cortez (em fase de produção), também nos encheu de alegria com sua presença.



O evento contou, ainda, com a presença mais do que especial de diversos professores da UFRN, que aproveitaram sua participação em um congresso da Unicamp para dar um esticadinha em São Paulo e prestigiar o lançamento.

Eu não tinha tempo de pensar em nada a não ser autografar rápido a ponto de a fila não estagnar. A livraria estava lotada e, depois de iniciarmos os autógrafos, não consegui mais enxergar ninguém da minha família.

Maurício se empolgou na conversa com nossos amigos e esqueceu completamente de tirar fotos. Resultado, lá pelas tantas, meus filhos, já cansados, foram embora de carona com uma amiga da família e, só no fim da noite, me dei conta de que não havia tirado fotos nem com eles nem com minha irmã, cunhado, sobrinha, afilhada etc. Isso me deixou triste a não mais poder
:(



Mesmo assim, a noite terminou na maior farra com os familiares de Cortez e os profissionais da editora e da livraria. Uma turma maravilhosa que contribuiu muitíssimo para o sucesso do evento!



Importante destacar que essas fotos foram apenas uma prévia enviada pela editora. Ainda não tive acesso ao CD com todas as imagens do evento. Quando recebê-lo é provável que ainda volte aqui pra postar uma outra foto com amigos queridos que compareceram ao lançamento.

Desde já, meu muito obrigada aos queridíssimos que, mesmo na correria da vida que levam, dedicaram um tempinho para prestigiar esse momento tão importante em minha vida (alguns tendo vindo, inclusive, de outras cidades e também de regiões distantes da grande São Paulo).

Então, meu beijo especial para: Zilmara, Thiago, Verônica, Damião, Vani, Lara, Lígia, Gustavo, Leo, Fabiano, César, Adriana, Márcia, Ana, Joana, dona Ana, Henrique, Viana, Cláudia, Márcio, Carlos, Clóvis, Viviany, Vanessa, Sandra e, mais uma vez, Júbilo e todo pessoal da Caravana do Cordel, dentre eles, os poetas Marco Haurélio, Varneci e Moreira de Acopiara.

Valeu!!!