domingo, julho 18, 2010

Do sentido das coisas




Um poema poderá, quem sabe,
aquecer esse coração que pulsa trêmulo
de frio.
Então será como aquele cobertor que o pai,
tomado de amor, espalhou sobre a filha
numa madrugada fria da infância.
O cobertor era roto.
Mas o amor do pai...
Esse era de um acolchoado nobre o suficiente para aquecer a menina.
Trinta anos depois, o poder e o calor daquele amor
enchem uma recordação de sol e saudade.
Uma memória rara.
Um poema.
Finalmente o inverno faz sentido.

Goimar Dantas
São Paulo
18/07/2010.

2 comentários:

Ana Claudia disse...

Ai, meu Deus, mas assim o inverno faz todo o sentido.

poesia potiguar disse...

Oi, Ana!

é um prazer recebê-la aqui. Obrigada pela visita e pelas palavras.

Beijo procê