sexta-feira, outubro 20, 2006
Veias em verso
O vermelho seco do meu verso é denso.
Por ele escorre em doce fúria, o pranto.
Nele desliza a valsa do lamento,
na veia vil que se revela en-canto.
No meu salão repleto de tristezas,
escuto as árias da melancolia.
Danço sozinha em meio às incertezas,
que bailam bêbadas, lânguidas, vazias...
Mas é tão belo o mágico espetáculo,
que não vislumbro o amanhecer do dia.
Eu permaneço em minha madrugada.
Cheia de Lua - nova nostalgia.
E vou sozinha ao centro do universo,
erguendo a taça cheia de esperanças.
E bebo às lágrimas, sabor de alma,
despedaçada por tua lembrança.
Goimar Dantas
(em algum dia de 1994)
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Um comentário:
Dá vontade de cantarolar..me lembrou uma vez em uma dimensão paralela ou sonho..tanto faz..Quando Raul de Leoni estava cantando no primeiro show de João Gilberto..
e o centro do universo se abria ..Me diga como esse afeto se espalhava por tudo ?
Um beijo na brisa
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