O resgate de Alice
Infância.
Âncora no meu peito-cais.
Ando sobre o píer do tempo e
embarco em veleiro
mareada num vaivém de lembranças...
Mundo mar.
Imensidão que está em
e para além de mim.
Sílaba-sina
formando meu nome.
Mar de maresia
Mar de marinha
Mar de marinas
Mar que é mistério,
mirante,
milagre.
E no meio da visão do meu mar,
um susto!
Uma criança se debate.
Me atiro nas águas para salvá-la.
Nado em desespero.
Estendo o braço.
Alcanço a pequena.
Consigo estendê-la na areia.
E, quando extenuada,
inundo-a com a avidez dos meus olhos,
eis que me reconheço...
Sou eu menina!
Que ainda respira.
Que insiste em vir à tona.
Aperto a criança em meus braços,
e ela logo se entranha ao meu sal.
Caio num sono profundo,
Alice marítima...
Encantada.
Ao acordar,
virei mulher novamente.
Agora uso saia-rodada.
E estou pronta
pra roda-viva
da vida.
É a menina dentro de mim...
Pretérito-mais-que-perfeito.
Meu presente.
Meu futuro.
GoiMar Dantas
Praia do Engenho
Infância.
Âncora no meu peito-cais.
Ando sobre o píer do tempo e
embarco em veleiro
mareada num vaivém de lembranças...
Mundo mar.
Imensidão que está em
e para além de mim.
Sílaba-sina
formando meu nome.
Mar de maresia
Mar de marinha
Mar de marinas
Mar que é mistério,
mirante,
milagre.
E no meio da visão do meu mar,
um susto!
Uma criança se debate.
Me atiro nas águas para salvá-la.
Nado em desespero.
Estendo o braço.
Alcanço a pequena.
Consigo estendê-la na areia.
E, quando extenuada,
inundo-a com a avidez dos meus olhos,
eis que me reconheço...
Sou eu menina!
Que ainda respira.
Que insiste em vir à tona.
Aperto a criança em meus braços,
e ela logo se entranha ao meu sal.
Caio num sono profundo,
Alice marítima...
Encantada.
Ao acordar,
virei mulher novamente.
Agora uso saia-rodada.
E estou pronta
pra roda-viva
da vida.
É a menina dentro de mim...
Pretérito-mais-que-perfeito.
Meu presente.
Meu futuro.
GoiMar Dantas
Praia do Engenho
São Sebastião
Litoral Norte de São Paulo
19h38
Em 07/01/2007
19h38
Em 07/01/2007
Um comentário:
esta poessia e de adelia Prados
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