sábado, dezembro 08, 2007

A barca de Pedro


Lá bem longe,
Na morada do vento...
Lá bem longe,
No fundo azul do mar...
Há de haver um poema,
Um pensamento,
Uma forma capaz de me explicar
O porquê da beleza do silêncio
Quando é quebrado assim,
Bem devagar,
Pela música doce dessa tarde.
Melodia que invade esse lugar.
Ninho, sala, varanda, consciência ...
O meu corpo
Que logo quer dançar.
Minha alma embalada,
Meu desejo,
A presença do outro,
A se instalar:
No meu peito
(em forma de saudade),
Nos meus olhos,
Faróis a espreitar
A chegada da barca
E do marujo,
Do meu Pedro...
Que insiste em não voltar.
Esse homem
(que é misto de ilusão)
Quase um Deus
Cujo dom é me inspirar
Uma recordação
Um doce alento
Luz do sol!
Ou um raio de luar?
Ele é mais...
É infinito,
Firmamento,
Poesia,
Que vem me abençoar...
A canção
Que agora estou ouvindo
Nesse dia,
encantado,
à beira-mar.

Goimar Dantas
São Paulo
08/12/2007

3 comentários:

Zilmara Dahn disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zilmara Dahn disse...

rima inspirada hein?


quisera eu ter tanto pra lembrar.

quisera eu.

Anônimo disse...

Lá bem longe,
Na morada do vento...
Lá bem longe,
No fundo azul do mar...
Há de haver um poema,


belo