segunda-feira, maio 26, 2008

Chuva no sertão

Sua lembrança resiste ao sol, ao calor, à poeira...
Aqui no sertão, a três mil quilômetros da minha civilização de caos, violência, desordem e alguns progressos,
pensar em você é receber uma rajada de vento,
uma lufada de ar,
o frescor de uma brisa revitalizante.

A música mais executada daqui é o som da sua voz...
Que insiste em reverberar dentro da minha cabeça.
Notas que dão o tom dos meus desejos e recordações.

Nem mesmo o banho frio
(essencial sob esse sol de quase 40 graus)
me anima tanto quanto a lembrança onipresente do teu olhar sobre mim.

Você sacia a sede do meu espírito.
E essa poesia brinda a sua existência...
Que é como a chuva alegrando essa terra.
A minha terra.


Goimar Dantas
22/12/2004
Japi, Sertão do Rio Grande do Norte

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