(Poema inspirado pelas reflexões do Congresso Internacional de Pesquisa (Auto) Biográfica, sobre o qual falei no post anterior)
Eu era muitas,
hoje sou mais.
Serei milhares
por entre os anos.
Vivo três tempos
(ao mesmo tempo):
o ontem,
o hoje,
o amanhã.
Eu sou o fui,
eu sou o é,
também serei
o sempre e o quando…
Eu sou pronome,
eu sou o verbo,
substantivo,
comum,
composto…
Sou próprio!
Aposto!
Nome epiceno
(ou obsceno?!)
-Sou ordinal…
Eu sou figura,
eu sou linguagem,
eu sou linhagem,
sinal de mais.
Eu uno,
agrego,
eu compartilho...
Mas, vez ou outra
me contradigo...
Eu sub-traio?
Ou supra-atraio?
E fica a dúvida
E me divido...
Goimar Dantas
Natal – Rio Grande do Norte
17-09-2008
Um comentário:
Paulo Leminsky já tem irmã! Ganhou uma irmã poética, autobiografada, na diversidade da própria vida, que é una e múltipla! O poema é a gramática da própria vida, nas classes que a fazem perspassar as etapas. Substantivo, verbo, ordinal, seja lá o que for, faz do matinal ao madrigal a vida rolar na busca inexorável destino! Se sub-trai!? Se super-atrai!? São nuances de uma vida-tipo, modelo geral.
Maravilhoso seu poema autobiográfico de todas as vidas. Parabéns!
Prof. Leo Ricino
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