quinta-feira, janeiro 28, 2010

Marginal até debaixo d'água





E essa última pancada de chuva me lembrou:
há dias bombeiros procuram minha Poesia Marginal,
engolida pelo Rio Pinheiros.
Ao que parece, em meio a uma dessas tempestades de Verão,
ela se deixou levar por um córrego que a seduziu
com promessas de Mar.
Foi vista pela última vez agarrada a um pneu,
gritando por socorro em três idiomas,
próxima à Ponte Cidade Universitária,
Zona Oeste de São Paulo.
Poesia afogada em esgoto acadêmico...
Marginalíssima, até o fim!

Goimar Dantas
São Paulo
23-01-2010.

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