sábado, fevereiro 06, 2010

A casa do poeta



Uma das tantas casas poéticas da Praça Cláudio Manuel, na cidade de Mariana, Minas Gerais.



A casa do poeta nem sempre tem janela,
Mas tem horizonte, de fronte.

A casa do poeta nem sempre tem relógio,
Mas tem o mistério do tempo, lá dentro.

A casa do poeta nem sempre tem quintal,
Mas tem o particular, onde se acha o universal.

A casa do poeta nem sempre tem quartos,
Mas tem um infinito de espaços pra sonhar.

A casa do poeta nem sempre tem varandas,
Mas é verdade que tem um sem fim de veredas .

A casa do poeta não tem banheiro,
Mas tem chuveiro de estrelas (e o vão do buraco negro).

A casa do poeta não é feita de cal nem cimento.
Mas sim de campo vasto, praia deserta, pó de sertão e vento.

Goimar Dantas
São Paulo
13-05-09

4 comentários:

Anônimo disse...

Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte? O que eu vejo é o beco.

poesia potiguar disse...

é isso aí!

Evoé, Bandeira!

Anônimo disse...

sonhar...é o meu esporte predileto!
essa poesia libera geral a nossa mente.

bjo
EMERSON

poesia potiguar disse...

Oi, Emerson!

Empatamos no esporte predileto, rapaz! :)

Um beijão pra você e volte sempre!