terça-feira, março 03, 2009

Ao novo Drummond





Você, poeta, desse jeito,
tira Drummond do meu peito
e se instala lá de vez.
Ocupa o que é seu por direito
E me toma para si:
Musa abstrata e longínqua
Mas que, certo dia (assim será),
Vai se materializar.
E então, no eterno das horas,
Seremos, os dois, um poema:
Sintaxe, língua e morfema,
Verbo e carne,
Céu e mar.

Goimar Dantas
São Paulo
Em 27-02-09

2 comentários:

Anônimo disse...

NOSSA!!!!!!!!VC É PORRETA MESMO!
LINDO POEMA...QUANTA INVEJA DESSE TAL RSRSRS!!!

EMERSON
BJO

Anônimo disse...

Você é um resultado perfeito: mulher e poetisa, duas intensas sensibilidades. E parte de sua poesia é metapoesia ou metapoetas. Seu encantamento com os "menores" poetas brasileiros (Drummond, Bandeira, Vinícius, Augusto dos Anjos, Jobim e quejandos) resulta a concretização da própria poesia em poemas lapidares no conteúdo.
E essa fúria de fazer a poesia exalar do seu ser, sob pena de ficar por ela sufocada, faz você conviver harmoniosa com seus ídolos, nunca os substituindo, mas acrescentando o porvir.
Delicioso esse poema!
Prof. Leo Ricino