quarta-feira, março 30, 2011

As bodas de cristal e a caneca de ágata



Fui pesquisar e descobri que eu e o "meu bem, meu Maurício" estamos comemorando hoje o que se intitula “Bodas de Cristal”, que equivalem a 15 anos de casamento.

Achei um paradoxo. Então a gente ama, luta, batalha, sorri, chora, atrasa, chega na hora, sofre, cai, levanta, espanta, surpreende, decepciona, entende, ganha, perde, cede, renova a paixão, estende a mão, tem filhos, tem medo, compartilha segredos, vibra, briga, faz as pazes, cuida, protege, preserva, persevera, alimenta, sustenta, magoa, perdoa, vacila, vence, anima, ensina, aprende, repreende, tenta, consegue, reluta, abusa, acusa, aconselha, orienta, vela, revela, machuca, cura, argumenta, encoraja, envolve, comove, esfria, aquece, aguenta, grita, silencia, provoca, apaga, acende, beija, abraça, prende, enlaça, acorda, adormece, sonha, fantasia, realiza, estabelece, esquece, recorda, vive, viaja, atravessa um mundo e toda essa jornada é comparada a um cristal – sempre associado à beleza, mas, também, à fragilidade?

Considerei estranha essa simbologia porque, afinal de contas, dividir a vida com alguém nesse mundo doido, por 15 anos, sempre permanecendo “junto e misturado”, é uma prova irrefutável de amor, força, fé na vida, no passado, no presente e no futuro. E é a essa força – determinante nesse longo caminho – que brindaremos hoje. Em taças de cristal? Vá lá, pode até ser. Na hora da foto fica bonito.



Mas no dia a dia, no pão, pão, queijo, queijo, para segurar a onda do amor verdadeiro (que vence barreiras e desafia o mundo inteiro) o melhor mesmo é confiar naquelas canecas de casa de vó que mora no interior, sabe? Aquelas coloridas, de ágata? Pois é... Essas, sim, podem cair cem, duzentas vezes... Às vezes perdem uma lasca aqui, outra ali... Mas nunca, nunca quebram.



Parabéns pra nós, meu amor: pela beleza do cristal, aliada à solidez das canecas.E pra finalizar, a música que me lembra nosso primeiro encontro, lá naquela longínqua e inesquecível oitava série.

2 comentários:

Anônimo disse...

ô meu amor, o que dizer? quando te conheci eu tinha 16 e você 15 anos. agora estou com 40 e você nem chegou aos 25 anos. linda como sempre. beijos. eu.

poesia potiguar disse...

Meu bem, meu "Mau":

esse seu comentário equivale a infinitas canecas de ágata e milhões de luminosos cristais.

beijo, queijo e vinho.