sábado, novembro 22, 2008

Adélia Prado e a poesia do dia-a-dia



Adélia Prado. Ela foi tema da minha dissertação de mestrado, ao lado de Hilda Hilst. Por conta disso, já vi Adélia algumas vezes, mas nunca é suficiente vê-la nem ouvi-la. E daqui a pouco, mais precisamente às 18h, ela estará dando palestra aqui em São Paulo, na Balada Literária que acontece desde quinta, dia 20 (ver post abaixo).

Conforme o previsto, não consegui ver nenhuma das apresentações da balada, tamanha a quantidade de trabalho que tenho por esses dias... Por conta disso, estou em casa, parindo textos por todos os poros. Boa parte deles têm de vir ao mundo na segunda-feira, devidamente robustos, corados e saudáveis. Estou fazendo o possível. E o impossível também. Uma das coisas impossíveis seria prosseguir trabalhando enquanto Adélia estará próxima daqui, discorrendo sobre poesia, religião, erotismo, cotidiano e outros temas que compõem sua obra.

Ah... O peso das responsabilidades por vezes pode nos esmagar, nos causar tremenda dor e nos fazer reféns. Mas eu resolvi não permitir que isso acontecesse e para cada duas horas trabalhadas, tiro 10 minutos pra mim. E eles são intensos. Poéticos. Como é a própria Adélia. E graças a esses minutos sagrados, hoje já fui à minha varanda ver a chuva grossa que caía lá fora e que tanto me inspira... Já fui à cozinha fazer chá de morango. Já vi três vídeos da Adélia no You Tube (é pena, são poucos vídeos... o melhor tem 10 minutos, mas, nos últimos três, alguém da platéia resolve falar e acaba com a magia que vinha inundando o lugar... alguém tinha de ter editado isso e liberado o vídeo só com Adélia falando...). Já escutei Caetano em francês... E, agora, estou escrevendo este post...

E como são quase 18h e estou muito cansada, me concederei a honra de 30 minutos de folga antes de iniciar os trabalhos noturnos. E nesse intervalo, vou atravessar a rua e ir até um charmoso restaurante que abriu aqui na frente do meu condomínio. E lá, pensarei em poesia, em Adélia e em como somos capazes de mandar a tristeza às favas sorvendo os pequenos prazeres da vida. E esse pensamento tão bem-vindo será elaborado enquanto comerei uma fatia de bolo, acompanhada por um bom café.

E viva Adélia(a quem devo parte desses aprendizados)!

5 comentários:

antes que a natureza morra disse...

Puxa...fazia horas que não lia/ouvia nada da Adélia.
Pq não atualizas com mais freqüência teu blog, que acabei de descobrir ?
Bj

James Pizarro

poesia potiguar disse...

Oi, James!

Seja bem-vindo! Eu adoraria atualizar com mais freqüência, mas tenho trabalhado muito e quase não sobra tempo. Mas vou me esforçar cada vez mais, prometo!

Apareça sempre!

Beijão procê!

Vário do Andaraí disse...

Bela crônica.
Parabéns.

Qto ao vídeo é possível copiar do orkut, recortar o trecho indesejável e repostar.

Vário do Andaraí disse...

ops, desculpe, corrigindo : qto ao vídeo é possível copiar do Youtube, recortar o trecho desejado e repostar.

poesia potiguar disse...

Oi, Dedé...

Puxa, obrigada pela dica!

Um beijão procê!!