terça-feira, fevereiro 10, 2009
Outra estação
O moço não me olha mais...
Não me escuta,
Não me vê.
Perdeu o trem,
foi-se embora!
Virou saudade, memória,
Poesia que faz doer.
O moço nem sequer acena.
Não olha pra essa estação.
De certo vive outra história,
Escuta outra moça agora...
Mas será que ela faz versos,
Poesia, fado, canção?
Será que ela conta “causos”?
Declama?
Sabe de cor?
...
Talvez, quem sabe, ele volte...
Qualquer dia,
Qualquer hora,
Para ouvir meus devaneios
E sorrir,
E se encantar...
E Sherazade que sou,
Pensando bem, meu amor,
Só isso já vai bastar.
Goimar Dantas
São Paulo
21-12-08
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3 comentários:
menina,parabens...linda e marcante essa!!! poesia!
bjo
E.
Que poema maravilhoso!! Nunca vi registro tão pungente do que deixou de ser, da oportunidade, não perdida, mas desperdiçada.
Só a poesia e a sensibilidade incomum da poetisa podem transformar no concreto algo tão abstrato.
Que candura de versos registrando com exatidão a dor de uma perda, a dor de uma ausência!
Goimar, que poema profundo. Definitivamente você não tem par!
Grande abraço do
Prof. Leo Ricino
Oi, Leo!!!
Obrigada pela generosidade da análise tão tocante. Eu fico toda "prosa". E verso.
beijos!
gói
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