quarta-feira, outubro 21, 2009
O semeador de livros vem aí!
O editor José Xavier Cortez, à esquerda, personagem da biografia prevista para 2010, que assinarei em parceria com a historiadora Teresa Sales, e o documentarista Wagner Bezerra, no último dia de gravação do documentário "O semeador de livros", com lançamento previsto para dezembro. Abaixo, reproduzo a íntegra da matéria veiculada ontem no Publishnews, revista eletrônica especializada em notícias do mercado editorial.
A saga do editor e livreiro José Xavier Cortez (Cortez Editora/SP), uma epopeia sobre a vida de um nordestino que fez dos livros a sua própria história, é contada no documentário “O semeador de livros”, viabilizado pela Lei Câmara Cascudo, (processo 025/2007) da Fundação José Augusto, do Governo do Rio Grande do Norte, para incentivo à cultura. O projeto captou patrocínios da ordem de R$ 260.000,00, sendo R$164.000,00 da Cosern - Companhia Energética do Rio Grande do Norte e R$ 96.000,00 da Petrobrás.
Com lançamento previsto para dezembro de 2009, o documentário dirigido por Wagner Bezerra que, também assina o roteiro com Heloísa Dias Bezerra, tem realização da Ciência & Arte Comunicação e co-realização da TV Puc SP e encontra-se em fase de finalização. O filme será distribuído gratuitamente para instituições públicas de ensino, bibliotecas, videotecas públicas do Rio Grande do Norte e veiculado pela TV PUC - SP e TVs universitárias e educativas de todo o Brasil. Narrado em 1ª pessoa, o documentário mostra os caminhos percorridos pelo editor, que, ainda muito jovem, deixa a então pequena cidade de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, em direção ao sul maravilha, embalado pelo sonho de vencer na vida.
O documentário descreve, ainda, o engajamento do Cortez em causas político-sociais, como a participação na famosa "Revolta dos Marinheiros" que levou a sua cassação e expulsão da Marinha do Brasil. A preocupação com os dilemas da sociedade brasileira que sempre fizeram parte da sua vida, como no episódio em que teve a livraria assaltada e ofereceu livros infantis ao chefe do grupo, proferindo a frase "leva isso pros seus filhos, que assim eles terão uma vida diferente da sua", o que foi prontamente aceito pelo infeliz sujeito, que deixou o local com os braços cheios de livros.
Ele revela, ainda, as dificuldades típicas dos humildes migrantes que saem da região norte-nordeste, se instalam em São Paulo e batalham para conseguir o primeiro emprego, o que, no caso de Cortez, aconteceu em um estacionamento como lavador de carros e depois manobrista. Descortina também o modo generoso como a pauliceia abre os braços para seus filhos adotivos, mostrando as proezas do jovem livreiro nos anos 70, quando fazia de tudo para conseguir atender os pedidos de professores e estudantes interessados em adquirir livros censurados pelo regime militar.
No media metragem tem destaque a grande amizade com renomados intelectuais que, nos anos de chumbo, faziam da PUC/SP um centro de resistência à ditadura. Como por exemplo, o escritor Paulo Freire e o cientista social Jose Paulo Neto, dentre muitos outros. O sucesso e o reconhecimento de Cortez ficaram atestados em 2005 quando foi condecorado com o título de cidadão paulistano, concedido pela Câmara dos Vereadores de São Paulo. A transição da função de livreiro de confiança dos alunos e professores da PUC, para editor campeão de vendas, a história de uma vida de dificuldades e glória construída lado a lado com paixões que vieram da infância: a família, os livros, a educação e o forró nordestino, são destaques do filme.
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6 comentários:
esse semeador... quero só ver a hora da colheita!!! hahaha
beijo, querida, e obrigada pelo seu carinho de todo dia
ADOREI.
abço
W.F.
Obrigada W.F. Ele é mesmo tudo de bom!
Mara, minha linda!
A colheita vai ser incrível!!!
Bjs!
Um depoimento: Minha filha Ornela Jacobino só passou a se considerar uma artista, cantora que é, após ter sido adotada emocionalmente pelo Sr. José Cortez que, como será amplamente dito e visto, é realmente um semeador de amor. Na ocasião ofertou-lhe livros a fim de que seu juízo se desenvolvesse tanto quanto o seu talento. Serei eternamente grato por isso.
Oi, Júbilo!
Lembro como se fosse hoje... Eu estava ao lado do Cortez na primeira vez em que vimos Ornela se apresentando com vocês. Ele ficou encantando com a performance tão precoce da sua "pequena-grande" artista.
Ela merece não só o apoio dele, mas o de todo mundo que tem bom senso e alguma condição de ajudá-la a trilhar essa estrada.
Beijo pra vocês!
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